sábado, 27 de dezembro de 2014

SONETO PARA AnaBella.

Você apareceu encheu
Aquela lacuna do quebra cabeça
A lua cheia inciumada minguou
O sol de soslaio olhou satisfeito

Você em mim se fez manhã
Sabor de massas e de maçãs
Aquarela, vento em vela
Navegar será preciso...

AnaBella
Bem amada
Namorada
Meu silêncio e som
AnaBella...

Paulinho Almeida. 
#TempodeVersos.
22.11.2.014.

domingo, 7 de dezembro de 2014



SER DA TERRA...

Os céus desperta em mim curiosidade, apenas isso...
As estrelas são lindas, a lua sobrecarregada de enigmas
O sol extremamente revelador desvenda mistérios...
Sem dizer dos planetas todos bem articulados...

Todavia o que me fascina é a terra...
Acho que nunca fui de lá...
Tenho uma ligeira impressão que sempre fui daqui...
Percebo a generosidade de Gaia...
Mãe gigantesca produzindo sem parar...

Gabirobas, muricis, cagaitas, jatobás, araçás, mangaba, hum...
Diversas diversidades brotam do solo de Gaia...
Se eu fosse contar, contaria, contaria e cantaria...
Por isso fico encantado...
Os frutos de Gaia são melhores que as estrelas...

Da terra vim para terra voltarei...
Sou da terra, ser da terra...

Paulinho Almeida.
#TempodeVida.
07.12.2.014.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

NADA, NADAR...


Nada as braçadas quem disse que não sabe de nada
Morre afogado os que falam que sabem nadar
O mar tem seus mistérios, amar tem seus critérios
No fundo todos se perdem ao saber demasiado
Todavia todos se encontram ao sabor partilhado
Afinal nem só de pão vive o homem, porque também de pão viverá...
Paulinho Almeida.
‪#‎TempodeVida‬.
15.05.2.014.

"A persistência da Memória..."


Sim, ela insistiu, instigou, seduziu...
Então mesmo sem ser "Dali", até porque sou de lá, dela...
Peguei o que estava ao alcance da mão...
Um toco de carvão, então me vi rabiscar...
Verdade seja dita, você sempre esteve lá...
No fundo da memória; alguns diriam ânima...
Eu parafraseando o poeta digo:
Oh metade afastada de mim...
Rabisquei mais traços, bem-te-vi entre meus braços...
Forte, serena, meiga, mais traços...
Você apareceu em cores negras, morena...
Menina dos meus olhos...
Sempre esteve lá....
Mesmo não sendo "Dali", me arrisquei e risquei seus traços...
"A persistência da Memória..."
Glamour, você sempre esteve em mim...

Paulinho Almeida.
#TempodeVersos.
16.05.2.014.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

SOBRE O FILME NOÉ... (Assisti com Luíza ontem, 08.04.2.014.).



No princípio, não havia nada. A história de Noé começa no gênesis, bem antes da famosa reunião dos animais antes do dilúvio divino, de forma a associá-lo ao pecado original. É no furto da maçã proibida que começa a realidade sombria, onde os descendentes de Caim resultaram numa civilização violenta e egoísta. Para “limpar” a Terra, veio a enorme enxurrada que cobriu os continentes. Um novo início, uma purificação, que traz consigo a instigante pergunta: há espaço para a humanidade nela?

Mais do que simplesmente levar a história bíblica às telonas, o diretor Darren Aronofsky está interessado é em discutir a posição do ser humano diante deste “juízo final”, sob os mais diversos aspectos. O mais explícito é o lado da fé que beira o fanatismo, representado pelo próprio personagem título. A crença inabalável de Noé em seguir os desígnios de Deus faz com que não apenas construa a famosa arca, mas também deixe de lado centenas – milhares? – de vidas humanas suplicando por uma vaga na embarcação, trazendo ao personagem uma dubiedade moral que pode render uma boa polêmica. Mais intenso ainda é o conflito vivido por Noé após o dilúvio, numa subtrama surpreendente que desperta vários questionamentos sobre o próprio ser humano.

Para construir esta realidade, Aronofsky foi fundo nas pesquisas e resgatou trechos pouco conhecidos vindos das mais diversas religiões. É notável o empenho na reconstituição de certas passagens, assim como o esforço feito para justificar esta realidade de fundo fantástico. Questões básicas sobre a construção da arca e como os animais chegaram à embarcação, e lá permaneceram em harmonia durante o dilúvio, são explicadas no longa-metragem, por mais que existam algumas perguntas sem resposta aqui e ali. Da mesma forma, o diretor teve o cuidado necessário em apresentar animais que não necessariamente são idênticos aos que conhecemos, mas sim vindos de supostas etapas anteriores da evolução. Afinal de contas, o mundo de Noé é diferente do atual e, como tal, apresenta peculiaridades muito próprias.

Entretanto, por mais que haja um nítido apuro na criação desta realidade, Aronofsky derrapa de leve justamente num de seus elementos cruciais: os guardiões. Seres gigantes que servem de ligação entre o paraíso perdido e a vida atual na Terra, eles são conceitualmente interessantes mas pecam na roupagem em tom de fantasia, que remetem a filmes das séries Harry Potter e O Senhor dos Anéis. Esta opção talvez seja por questões mercadológicas, de forma a atrair um público maior, mas acaba também agindo contra o filme, já que torna os personagens – e a história em si – ainda mais fantasiosos. E este lado é, no fim das contas, o que menos importa para o filme como um todo.

Em relação às atuações, é importante destacar o trabalho de Russell Crowe. Por mais que em certos momentos seu personagem se assemelhe aos de épicos por ele estrelados anteriormente, há em seu Noé uma variedade de emoções que o torna, acima de tudo, humano. Jennifer Connelly e Emma Watson também têm bons momentos, especialmente na metade final, quando suas personagens são mais exigidas emocionalmente. A qualidade na fotografia, digital, e a edição caprichada em momentos belos mas supérfluos, como a reapresentação do gênesis, também merecem destaque.

No fim das contas, o ponto crucial de Noé é a discussão implícita sobre a servidão a Deus e a culpa do homem na realidade que nos rodeia, usando para tanto a figura do Deus punidor. Não espere discussões inflamadas sobre o assunto, mas a construção de situações que podem (e devem) servir como comparação aos dias atuais. Mais do que um mero blockbuster interessado no espetáculo, Noé é um filme que tem o que dizer a um público que queira discutir. Assista de mente aberta, sem se ater a detalhes religiosos, já que não é este o verdadeiro objetivo da história. Noé olha para o ser humano, com suas falhas e virtudes, demonstrando uma crença talvez infundada que pode ser representada pela frase mais importante do longa-metragem: “o mal está em todos nós”. Sob os mais diversos aspectos.

Obs: A partir do filme Noé a leitura bíblica aumentou 300% no E.U.A. e 245% no resto do planeta, segundo o site Gospel Prime.

Paulinho Almeida.
#TempodeVida.
08.04.2.014.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Pra Recomeçar...



Pra recomeçar dei um passo adiante
Avistei o horizonte, 
No caminho encontrei outrora gente distante...
Caminhos cruzamos, lindos instantes

O sol sem discrição vazou a noite,
Despejou seus raios, risos,
Inaugurou um dia novo...
Quando menos esperei, se foi, ocaso...

Noite novamente...
Todavia sorridente veio a "D'alva"
Convidou suas parceiras estrelas,
Entre elas a lua...

Iluminando a rua, lua soberana
Me convida a caminhar
Ela, parceira em todos os tempos,
Influencia os movimentos cósmicos...

Então a alma dual
Dialoga com o factual...
E lá no fundo, suspiro...
Tudo vai passar, PRA RECOMEÇAR...

Paulinho Almeida.
#TempodeVida.
15.02.2.014.